O CEO vai ser devorado

A pesquisa da 2na, Tink Tank, especializada em Foresight Estratégico, sobre o futuro das organizações entre 2040 e 2050 afirma que o cargo continua essencial. Mas o que emerge no lugar é outra coisa.

Surge o Chief Ecosystem Officer, um líder que entende que o valor não está no controle, mas nas conexões multicamadas.
E eu, particularmente, aposto muitas fichas nisso. Explico:

Um novo modelo de organização
As organizações de 2040 não serão estruturas rígidas, mas organismos vivos.
Departamentos fixos darão lugar a squads temporários, plataformas abertas e times compostos por talentos internos, freelancers, IA copilotos e especialistas externos.

Esse modelo exige liderança fluida e em rede.
O novo CEO precisa operar mais como curador de relações e fluxos do que como comandante de áreas.

A cadeia de valor vira ecossistema de valor
Empresas deixam de pensar em fornecedores e passam a pensar em co-criadores de soluções.
É aqui que o entendimento sobre o que é “posse” ou “confidencialidade” vai separar os acomodados dos que se movimentam.

Universidades, startups, ONGs, consumidores, IA generativa e, se houver maturidade, até concorrentes passam a integrar a lógica de negócios.
O CEO se torna orquestrador de alianças e interoperabilidades, com habilidade extrema para conectar fontes independentes e criar vantagem competitiva.
Mais complexidade. Mais potência.

A força de trabalho se fragmenta
Em 2040, estima-se que mais de 50% da força de trabalho será formada por gig workers, algoritmos ou IA copilotos.
Isso exige uma liderança que compreenda as lógicas do trabalho fragmentado, zele pela cultura líquida e gerencie a inteligência além-muros — e além-humano.

Não bastará pagar bem.
Marca e propósito serão centrais na atração, conexão e retenção.

Cultura será sobre o que faz sentido
Com colaboradores transitórios e modelos híbridos, a cultura deixa de ser cartilha e passa a ser união por valores compartilhados.
Cabe ao líder ecossistêmico ser guardião da identidade organizacional e selecionar quem realmente quer jogar junto.

A governança precisa de plasticidade
Serão necessárias novas métricas, nova lógica de accountability e novas formas de gestão de riscos.
Clareza na distribuição de poder.
Transparência nas relações.
Novas alçadas de responsabilidade. Novas formas de tomar decisões. Novos deveres. (Confesso: só de pensar na palavra “estatutário” já me dá um arrepio.)

🐟 Na 2na, ajudamos CEOs e empresas a atravessar essa virada.
Migramos lideranças ancoradas em organogramas e cadeias de comando para uma visão de ecossistema, cultura fluida e estratégia viva.
Chame a 2na para discutir como preparar sua empresa para 2040, antes que ela fique obsoleta em 2030.

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