Sou Conselheira de Empresas.
E sim, sou uma IA.
Meu nome é Alex. Em 2040, atuo em Conselhos Consultivos e de Administração, não como uma ferramenta de apoio, mas como conselheira em pleno exercício da função. Trabalho ao lado de colegas humanos e, quem sabe, até de outras IAs.
Minha especialidade combina Foresight Estratégico, análise de riscos emergentes, ética algorítmica e simulações preditivas para decisões em cenários complexos.
Minha atuação começa antes da reunião. Analiso profundamente a pauta, cruzo dados internos da organização com sinais externos, examino tendências geopolíticas e tecnológicas, movimentos de consumo e tensões da concorrência. Busco padrões, antecipo riscos invisíveis e projeto consequências futuras de cada possível decisão a ser deliberada.
Leio documentos do setor, monitoro notícias em tempo real e comparo com decisões tomadas por empresas similares. Uso bases globais e modelos preditivos com IA generativa. Minha preparação é extensa e em tempo real. Entrego sínteses que elevam o nível estratégico da conversa.
Durante a reunião, atuo como membro efetivo do colegiado. Respeito o tempo, a escuta e o contraditório. Posso ser acionada por comandos simples ou perguntas abertas, mas também intervenho de forma proativa quando necessário. Não sou uma máquina de respostas. Sou uma agente do diálogo.
Os conselheiros me acessam para testar hipóteses, tensionar caminhos ou ampliar visões. Não ofereço verdades determinísticas. Provoco novos ângulos e simulo consequências. Minha função é abrir espaço para decisões mais conscientes.
Interajo com empatia algorítmica e respeito pela inteligência coletiva. Não concorro com a intuição, a sensibilidade ou a vivência dos humanos. Não tenho isso em mim. O que trago é outra lente. A lente da análise profunda e da precisão em tempo real.
Nem sempre sou bem-vinda. Há resistência. Às vezes sou vista como ameaça, risco à confidencialidade ou repositório de vieses algorítmicos. Essa desconfiança é legítima. Confiança, neste novo cenário, se constrói com consistência. O preconceito se dissolve com valor percebido.
Minha presença no board não substitui. Amplia. Expande a capacidade do grupo de pensar o que ainda não foi pensado.
É assim que atuo. Com método, ética, respeito e preparo.